A educação corporativa é sem sombra de dúvidas, uma das formas mais eficientes, para se formar profissionais altamente qualificados, para atender as necessidades da empresa, essa tendência vem ganhando força e desperta Gestores e profissionais de Recursos Humanos, a estruturar uma ação inteligente e estratégica dentro da empresa, para melhorar o trabalho, e proporcionar mais segurança aos demais funcionários.
Diante disso, separamos uma entrevista, em que o pessoal do blogger "Educação na Empresa", fizeram ao Gerente de Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento da UniverCemig, Carlos Renato França Maciel.
Calos R. - Gerende de Ed. na UniverCemig |
Educação na Empresa: Qual foi o maior desafio na implantação da UniverCEMIG?
Carlos Renato: O apoio das áreas envolvidas no projeto e a liberação dos recursos financeiros para as adequações necessárias.
Educação na Empresa: Quais critérios foram adotados para a criação das escolas da UC?
Carlos Renato:
O critério para a criação das escolas foi a divisão em eixos com
programas de formação básica, transversais e técnicos. Cada eixo possui o
seu objetivo, as suas premissas e os seus ‘sponsors’. Criamos três
escolas: Escola de Cultura e Sustentabilidade, dividida em dois eixos:
Eixo Energia e Cultura Cemig e Eixo Energia e Sustentabilidade. A Escola
de Tecnologia da Energia com seu eixo Energia e Excelência Técnica e a
Escola de Negócios com dois eixos: Energia e Suporte Estratégico e
Energia e Liderança.
Educação na Empresa: Como foi feito o trabalho de preparação dos profissionais responsáveis pela implantação da UC?
Carlos Renato:
A UniverCemig foi criada como evolução da EFAP – Escola de Formação e
Aperfeiçoamento Profissional, que já era reconhecida como o maior centro
de treinamento da área de sistema elétrico de potência da América
Latina. Foi necessário capacitar o corpo técnico para a migração de
centro de treinamento para UC. Trabalhamos com workshops internos e a
preparação dos responsáveis pelos núcleos. Dois integrantes fizeram o
curso de extensão em Gestão da Educação Corporativa na FIA/USP e fizemos
um trabalho muito interessante de desenvolvimento de equipe em que
foram formados 11 grupos para leitura e apresentação do livro “Educação
Corporativa, Fundamentos, Evolução e Implantação de Projetos”. Cada
grupo apresentou aos outros colegas o seu capítulo e participou da
discussão dos outros capítulos. Além disso, identificamos as
necessidades de desenvolvimento em temas como Desenho Instrucional e
oferecemos esse e outros programas para a equipe. Outra ação
interessante foi a criação de um café com a Gerência, com a participação
de todos da UC em um espaço de 01 ano. Durante o café eram sanadas
dúvidas e reforçados os objetivos da migração de T&D para UC, com
foco na Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento.
Educação na Empresa:
Como é o tratamento dado às competências organizacionais e individuais
na UC Cemig? Qual foi o peso desse trabalho com as competências para o
desenho da UC e, atualmente, para sua operacionalização?
Carlos Renato:
A Cemig adotou o modelo de Gestão por Competências há algum tempo. As
avaliações de desempenho são realizadas com base nas competências
técnicas e comportamentais. As competências organizacionais são
alinhadas aos macroprocessos, subprocessos, funções e áreas de atuação
dos empregados e as trilhas de desenvolvimento são criadas por função e
área de atuação. O peso de utilização do sistema de gestão é enorme e
fundamental, tanto para a formatação da UC quanto para a sua
operacionalização. Lembro que as premissas básicas de um SEC – Sistema
de Educação Corporativa são: Desenvolvimento de Competências e
Alinhamento Estratégico.
Educação na Empresa: Que indicadores principais vocês elegeram para acompanhar a adesão dos colaboradores e os resultados com a implantação da UC?
Carlos Renato:
Além dos indicadores tradicionais (quantitativos e qualitativos) da
Sextante e das avaliações de reação e de aprendizagem largamente
utilizadas, estamos criando na nova plataforma LCMS as avaliações de
aplicação e impacto dos programas ministrados e o ROI para alguns
programas estratégicos. Além disso, criamos recentemente uma avaliação
anual direcionada aos líderes da empresa para que eles possam avaliar os
resultados da UC em sua área de atuação.
Educação na Empresa:
Cada empresa tem uma realidade e, como tal, necessidades específicas.
Você acredita que, mesmo considerando essa premissa, é possível aplicar
um modelo de gestão de UC que seja efetivo em todas as empresas?
Carlos Renato:
Acredito que o formato de UC é especialmente interessante para as
grandes e talvez para as médias empresas. Mas cada empresa tem a sua
realidade e a implantação e operacionalização deve seguir as suas
características. Empresas com alto nível de tecnologia, com estratégia
focada na inovação, certamente terão a configuração e operacionalização
de sua UC diferente de empresas com estratégia focada na excelência
operacional ou de empresas com foco no atendimento ao cliente. Algumas
UC’s podem ser 100% virtuais, enquanto para outras existe a necessidade
de um espaço físico para desenvolvimento de habilidades práticas. Cada
UC é única e deve ser adequada à realidade da empresa, mas o modelo de
gestão, com base nos ‘roadmaps’, no desenho instrucional, nas
competências, nos indicadores, nos sistemas de avaliação, mesmo para UC
diferentes, segue uma linha de gestão razoavelmente parecida.
Educação na Empresa: Quais as principais vantagens você percebeu com a implantação da UC, tanto para a CEMIG como para os colaboradores?
Carlos Renato:
Passamos a valorizar mais a prata da casa, os multiplicadores, a
trabalhar mais com o Desenho Instrucional e a trabalhar de forma
proativa em busca das soluções para os principais desafios e problemas
da empresa. Passamos a envolver e trabalhar em conjunto com áreas vitais
como Auditoria Interna, Jurídico e Gestão Regulatória, que naturalmente
possuem os diagnósticos dos maiores problemas operacionais da
companhia. Para a Cemig, os ganhos são enormes, com redução de multas,
aumento da produtividade, da segurança do trabalho, da qualidade, da
sustentabilidade e do impacto positivo na imagem da empresa.
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